sexta-feira, março 31, 2006

Práqui...

AI, QUERO-ME IR EMBORA!!!
NÃO VEJO A HORA DE APANHAR O AVIÃO...
Desabafos...
Amigos,

JÁ HÁ CARACÓIS!!!



Numa tasca perto de vós...

Frontalidades desconcertantes

Passa-se o tempo, mudam-se as vontades, mudam-se os laços e o que outrora fazia sentido é agora totalmente despido dele.

Posso, em nome de uma antiga amizade, que não foi cuidada, reinventá-la?
Não, não posso. Não consigo. Não confio. Mágoa que não se esquece passados anos. Rancor? Não. Memórias de tempos felizes que não voltam mais. O passado não volta ao presente, é preciso construir e eu?

Eu não consigo, nem sei se quero. A desilusão ultrapassou-me.

quinta-feira, março 30, 2006

Estou além...

"Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Nao sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem, quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem nao conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Nao consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou"

António Variações, Estou além

ESte senhor dizia umas coisas curtas, simples, mas acertadas.
Estados de espírito...

segunda-feira, março 27, 2006

O que é?

O que é que nos compele a salvar, ajudar, acarinhar outrém quando é necessário? Ainda que não conheçamos a pessoa. O que é que move o espírito de solidariedade e não nos deixamos morrer uns aos outros nesta era tão individualista? Pessoas que nunca vimos, pessoas que não têm qualquer relação de afectividade connosco? O que é que nos faz reagir e salvar? Qual é o sentimento subjacente?

A senhora misteriosa

Chega, ensina as cinco lições às crianças indisciplinadas, torna-se numa mulher bonita, de busto elegante.

Quando a queriam perto deles, ela foi-se embora. É assim o modo de trabalhar dela.

Quem é a nanny McPhee, afinal?

sexta-feira, março 24, 2006

Estrela

Há 1 ano e 3 meses que passo diariamente por ti. Passo por ti depois de passar pelo senhor do quiosque e de lhe dizer "Bom dia!". Às vezes olho timidamente para ti à procura de algo que me atraia e me faça perder a cabeça, algo muito especial, talvez. Nunca entrei. Aproveito o reflexo para ajeitar qualquer coisa que esteja fora do sítio. O acto é mecânico, mas na minha cabeça há uma ideia que não falece: "Quando irás tu entrar aqui? Talvez quando tiver companhia..."

Pois bem, today was the day. E não tenho companhia, mas sabe bem.
Mais uma pequena grande vitória na minha vida...

quinta-feira, março 23, 2006

Algures entre os "chicos espertos" e os "self-pitty"...

Encontram-se as pessoas bem humoradas, humildes, sempre dispostas a aprender, francas e honestas.

Ninguém gosta nem de "chicos espertos" nem de "self-pitty". No meio está a virtude...

Crítica destrutiva é construtiva?

Falava com uma amiga sobre o efeito da crítica destrutiva nas pessoas. A conclusão de um estudo que foi feito, não sei por quem, é que a crítica destrutiva pode ter um efeito benéfico sobre a pessoa em causa. De que forma isto acontece?

Pois para chegar à resposta não é preciso ser-se génio para perceber que o ser humano é "de per si" competitivo. Depois da humilhação vem a necessidade de provar, por uma questão de honra pessoal, que a outra pessoa está errada, sendo que muitas das vezes o objectivo é mesmo alcançado, se não na maioria das vezes.

O reverso da medalha é que este tipo de críticas pode redundar em abuso de poder.
A quem nunca aconteceu: "Não és capaz!" e pensarem, ainda que sem dizer nada: "Não? (risos) Isso é que era bom! Vais ver como é que elas te mordem!"

E assim vai funcionando o nosso mundo...
A história foi feita de pessoas fortes, as fracas perderam o seu lugar ao sol.

quarta-feira, março 22, 2006

Indifference

"I will light the match this mornin’, so I won’t be alone
Watch as she lies silent, for soon night will be gone
Oh, I will stand arms outstretched, pretend I’m free to roam
Oh, I will make my way, through, one more day in hell...
How much difference does it make
How much difference does it make, yeah...

I will hold the candle till it burns up my arm
Oh, I’ll keep takin’ punches until their will grows tired
Oh, I will stare the sun down until my eyes go blind hey,
I won’t change direction, and I won’t change my mind
How much difference does it make
Mmm, how much difference does it make...how much difference...

I’ll swallow poison, until I grow immune
I will scream my lungs out till it fills this room
How much difference
How much difference does it make"


Pearl Jam, Indifference

What do people think about your face?

What Your Face Says

At first glance, people see you as warm and well-balanced.

Overall, your true self is passive and thoughtful.

With friends, you seem dramatic, lively, and quick to react.

In love, you seem mysterious and interesting.

In stressful situation, you seem like you're oblivious to the stress.

E agora?

Neste preciso momento?

Agora vou poder tirar férias sem ser para estudar!!! E adivinhem para onde vou...

terça-feira, março 21, 2006

SEX

"People take sex too seriously.
Sex is like pissing.
A fuck is a fuck, I can put more heat in a shaking hand..."

Is that so?

Hoje...

Também acordei assim



E soube tão bem...

Repto aceite

Ora bem, depois de me lançarem pela segunda vez um repto, aqui vou então dizer as manias estúpidas que tenho:

1) Tenho a mania estúpida de ler sempre a última página do livro que estou a começar a ler. Porquê? Não sei.

2) Acho que quando se quer muito uma coisa, que dependa só de nós, se consegue. A velha máxima "Querer é poder!" Acenta-me que nem uma luva. E às vezes quando me falta a energia é assim que tento interiorizar as coisas.

3) Há quem diga que sou surda por andar sempre com a música em altos berros no carro. Mas, estou-me completamente borrifando de fazer figuras estúpidas enquanto canto e gesticulo que nem uma maluca sozinha no carro;

4) E esta é deveras a mais estúpida de todas, até porque me tem causado vários dissabores ao longo da vida, que é a de achar que com um bocadinho de esforço, muita amizade, carinho e compreensão por outra pessoa, os pequenos grandes desentendimentos chegam a bom porto;

5) Por fim, tenho a mania de pensar em coisas tão estapafúrdias ao ponto de conseguir encontrar-lhes um significado.

Para além de outras, claro.

E agora o repto vai para:

O Nuno,

o André,

o Miguel,

a Ana,

e o João.

segunda-feira, março 20, 2006

Dormita, alma, dormita

Álvaro de Campos

Na Véspera

"Na véspera de não partir nunca
Ao menos não há que arrumar malas
Nem que fazer planos em papel,
Com acompanhamento involuntário de esquecimentos,
Para o partir ainda livre do dia seguinte.
Não há que fazer nada
Na véspera de não partir nunca.
Grande sossego de já não haver sequer de que ter sossego!
Grande tranquilidade a que nem sabe encolher ombros
Por isto tudo, ter pensado o tudo
É o ter chegado deliberadamente a nada.
Grande alegria de não ter precisão de ser alegre,
Como uma oportunidade virada do avesso.
Há quantas vezes vivo
A vida vegetativa do pensamento!
Todos os dias sine linea
Sossego, sim, sossego...
Grande tranquilidade...
Que repouso, depois de tantas viagens, físicas e psíquicas!
Que prazer olhar para as malas fítando como para nada!
Dormita, alma, dormita!
Aproveita, dormita!
Dormita!
É pouco o tempo que tens! Dormita!
É a véspera de não partir nunca!"

sexta-feira, março 17, 2006

Twist and shout

Estou a precisar de dançar...
Bom fim de semana!

To the neverland

Há dias assim, em que acordo com uma puta de uma neura e só me apetece ir parar, sem muito esforço, a um sítio onde possa estar se ter que pensar - vulgo estado vegetativo. Dou voltas e voltas e percebo que quanto mais penso a menos conclusões chego, porque o problema em vez de simplificado passa a ter cada vez mais variáveis e, por conseguinte, mais minuciosidade na solução é requerida.

Não me apetece pensar. Não me apetece pensar porque tenho a mania estúpida de achar que há sempre qualquer coisa por detrás da simples aparência, que as palavras têm, na maior parte das vezes, dois ou três ou vários significados.

Não me apetece pensar e ponto final.

quinta-feira, março 16, 2006

Neste país plantado à beira-mar...

Portugal, Séc. XXI, num hospital perto de nós, o serviço de lavandaria funciona com uma agradável temperatura de 52ºC. Preocupado com a elevada taxa de absentismo dos trabalhadores que nela trabalham, a Administração resolveu apurar quais as causas da mesma.

Da respectiva auditoria resultou o seguinte:

"O senhor tem conhecimento que a temperatura ambiente do local de trabalho é de 52ºC?"
- "Tenho. Por isso é que autorizámos os trabalhadores a interromperem o serviço para tomar banho!"
- "Ah... e mesmo assim não resolveu o problema, portanto?"
- "Até à data não!"
-"Pois, então e já pensou em meter aparelhos de ar condicionado para baixar a temperatura?"
-"Isso é muito caro!"
-" Então e mudar as instalações?"
-" Isso é ainda mais caro!"
-"Pois, meu amigo, das duas uma, ou gasta dinheiro em ar condicionado ou muda de instalações. Agora decida."

Passados 15 dias...

-"Olhe, já fiz a adjudicação para os aparelhos de ar condicionado!"

Meus amigos, isto parece irreal tendo em conta que vivemos no Séc. XXI em que a luta pela dignidade das condições de trabalho já está alegadamente num patamar acima desta que foi supra descrita.
Parecendo surreal, esta é a realidade em que vive o nosso país à beira-mar plantado.
Tirem as vossas próprias ilações, sendo que o caso é verídico.

Contudo, tendo em conta o post anterior, parece-me que não terão dificuldades em acreditar na sua veracidade...

Existem 100 mil portugueses "fundamentais", 1% da população, o resto são figurantes.

"O anúncio foi feito pela sub-directora-geral da Saúde, ao revelar que serão esses portugueses "fundamentais para o país" que vão receber anti-virais em caso de pandemia provocada pelo vírus da gripe das aves. Não se sabe que rótulo merecem os outros 99% da população, mas possivelmente serão portugueses desnecessários, descartáveis. E embora a autora da expressão tenha explicado que "indispensáveis" são os "portugueses necessários" para "mater o país a funcionar", é bem natural que pairem à volta do critério muitas suspeitas, pela experiência de que os portugueses de primeira e os outros se distinguem por critérios de privilégio, favor e clientelismo. Por exemplo, indispensável poderá ser a "boysada" que gere o aparelho do EStado.

A expressão da funcionária - certamente uma portuguesa "indispensável" - levanta outras questões. A primeira é a dúvida sobre a constitucionalidade da rotulagem. A segunda é que, apesar de todas as cautelas anti-alarmistas, existe de facto uma ameaça sobre a qual os portugueses descartáveis não estão a ser informados. Pelo contrário.

Tudo isto é revelador da desumanidade que caracteriza hoje o exercício do poder. Já houve tempos em que, em situação de perigo, se salvavam prioritariamente as crianças, as mulheres e os velhos e o capitão era o último a abandonar o navio. Agora salva-se quem puder, isto é, os que têm o poder de arranjarem, para si próprios e para outros "fundamentais", lugares no salva-vidas.

À luz desta filosofia, uma pandemia até pode ser bastante positiva para a sustentabilidade das finanças públicas: livra o páis de uns milhares de portugueses não fundamentais, velhos que nunca mais morrem ou crianças que ainda não contribuem. Sempre é mais democrático que mandá-las para câmaras de gás!"

in Selecção, João Paulo Guerra

E digam lá agora que o Malthus não tinha razão? Parece-me que ouvir uma barbaridade destas nesta altura do campeonato me faz consciencializar de que afinal sou tão naif.

Matar ou morrer?

"Mato-te todos os dias um bocadinho dentro de mim!"

terça-feira, março 14, 2006

Nós por cá

Sabemos que o Estado tem o dever de organizar, coordenar e subsidiar um sistema de segurança social unificado e descentralizado, com vista a proteger os cidadãos na doença, velhice, invalidez, viuvez e orfandade, bem como no desemprego e em todas as situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho. (cfr art. 36, nºs 2 e 3 da CRP)


Concentremo-nos na situação da velhice.

Sabemos da existência de dois sistemas de protecção social aos trabalhadores diferenciado em função dos seus contribuintes serem ou não funcionários públicos e/ou agentes administrativos.

No regime geral, o trabalhador desconta 11% da sua retribuição e a entidade patronal 23,75%. Este último montante só varia em função de circunstâncias excepcionais (as chamadas variantes, que, diga-se de passagem são mais que muitas - razão pela qual chamar taxa social única não tem sentido absolutamente nenhum).

No anterior regime de protecção social dos trabalhadores do Estado, da função pública, estes descontavam para um organismo autónomo, a Caixa Geral de Aposentações. E descontavam 10% da sua retribuição, sendo que 1% seria para a ADSE, o que totaliza também o montante de 11%.

Eis a questão: quanto descontava a entidade patronal, entenda-se o Estado, por cada trabalhador a seu cargo?

Ora bem, o Estado comprometia-se no final de cada ano a repor o montante necessário, sendo que, em média descontava 18% por cada trabalhador, o que não iguala nem de longe, nem de perto os 23,75% que desconta uma entidade privada.

Contudo, não contente com estes 18%, vem agora ao abrigo de uma alegada aproximação de regimes determinar que a partir de 1 de Janeiro de 2006 os trabalhadores da função pública (que detenham a qualidade de funcionários ou agentes - entenda-se) passam a inscrever-se no regime geral de protecção social. E, com estes, passa o Estado a descontar por cada 12% da retribuição paga.

Para além de outras mais especificidades que existem nesta alteração, fica a ideia do Estado como pessoa de bem, que age motivado pelo princípio da boa-fé.

Ou não!

Weird

I´ve been accused of spreading gossip, of being crazy, lier, false, with mental disability, childish, frustrated, teenager and the weird thing is i let it happen.

sexta-feira, março 10, 2006

Sol, Sal e Caracóis


É verdade, começa a chegar a esta altura do ano e começo a ficar impaciente: "Mas quando é que chega o calor?". Tenho saudades do sol, da praia, da água salgada, da areia nos pés e no corpo, do cheiro, dos caracóis depois de um dia de praia, regados com uma cervejinha. O pôr-do-sol que se esconde lentamente no mar e a sensação de que não há outro sítio onde queira estar naquele momento a não ser aquele. Estou farta da roupa de Inverno.

Bem, mas ao menos já me cheirou a Primavera nestes últimos dias.

quinta-feira, março 09, 2006

Processo kafkiano


´Quando era pequenina, costumavam doer-me as pernas enquanto dormia, com muita frequência. Preocupada, a minha mãe levou-me ao médico para saber o que se passava. Depois de me examinar, o médico esboçou um sorriso e disse: "-São dores de crescimento. É que crescer dói..." Só mais tarde percebi o verdadeiro significado das suas palavras´

São as mudanças que fazemos na nossa vida e que fazem parte dela, não porque nos são impostas, mas porque queremos, de facto, que elas aconteçam. É o primeiro dia de escola, a seguir o secundário, a faculdade. De repente, temos um emprego, responsabilidades, pagamos as nossas contas, esbanjamos ou poupamos. As regras mudam, a partir de agora somos nós que as fazemos ao sabor do nosso arbítrio, dos nossos objectivos. Cortamos o cordão umbilical, casamos, procriamos, divorciamo-nos... Mudanças voluntárias, mas que nem por isso afastam o período necessário de adaptação. São degraus numa escada que se vão subindo, esperando nunca descer. Porque para subir um degrau dela foi preciso aprender a coordenar a parte motora com a mental. Foi preciso aprender a controlar a ânsia de querer saltar um só degrau que seja, de modo a atenuar o sofrimento. Foi preciso compreender que "Crescer dói" nos mais variados sentidos que esta expressão possa ter.

E será que podemos lamentar a perda de algo que nunca tivémos realmente?

quarta-feira, março 08, 2006

Pontes

Pois é, Portugal é o único país em que as pontes existem e que muito aclamadamente contribuem para a produtividade nacional, mas enfim, que se lixe, sabe bem e é tradição.

Pontes?
Sobre que rio?
Sobre o rio da labuta diária nacional.

terça-feira, março 07, 2006

Porquê?

Porquê?
Porque sim.
Porquê sim e não não?
Porque não, porque é sim.
Não!

sexta-feira, março 03, 2006

Opções

Podia comentar o concerto de ontem à noite de HIM no Coliseu dos Recreios, mas opto por informar que "Placebo" e "Josh Rouse" estão quase a dar à luz novos álbuns.

E para bom entendedor meia palavra basta.

quarta-feira, março 01, 2006

Today

I´ll ride a horse. Not a white but brown one and not in the fields of my imagination.