quinta-feira, dezembro 29, 2005

Felicidade Realista

"A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote

louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que se esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser

magrérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar a renda, a comida e o cinema:

queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos

conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar

pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente

apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes

inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos

sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.

Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinónimo de felicidade. Pode ser feliz

solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um

parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente

quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo,

usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o

suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se se tem

pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a maré, buscando coisas que

saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de

criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.

Fazer exercícios sem almejar passereles, trabalhar sem almejar o

estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de
acordar.

É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza,

instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.

A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prémio.

Não sejamos vítimas ingénuas desta tal competitividade. Se a meta está

alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras,
demita-se.

Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas
não

se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la

e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz
e

não sentimentos fortes, que nos atormentam e provocam inquietude no nosso

coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade."

Mário Quintana

terça-feira, dezembro 27, 2005

Bem a propósito de...

do Natal.

Não sei muito bem que sentimento é este que nos chega no Natal. Aprecio as mensagens que são enviadas e os presentes ofertados. Mas porque raio não se personalizam as coisas?

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Maybe tomorrow

I've been down and I'm wondering why
These little black clouds keep walking around with me, with me
Waste time and I'd rather be high
Think I'll walk me outside and buy a rainbow smile but be free, be all free
So maybe tomorrow I'll find my way home
So maybe tomorrow I'll find my way home

I look around at a beautifiul life
I been the upper side of down
been the inside of out but we breathe, we breathe

I wanna a breeze in an open mind
I wanna swim in the ocean
wanna take my time for me, all free

So maybe tomorrow I'll find my way home
So maybe tomorrow I'll find my way home

So maybe tomorrow I'll find my way home
So maybe tomorrow I'll find my way home

Nunca esta música fez tanto sentido na minha vida...

Tito Paris em B.Leza


Pois é... O meu blog deixou, curiosamente, de passar a música eleita já há algum tempo, mas a minha vida está cada vez mais preenchida com música.

O eleito na noite de ontem foi o Sr. Tito Paris. Surpresa agradável, pois que não fomos os únicos a ter a brilhante ideia de o ir ver... Também a Marisa, o Rui Veloso, o João Gil... De modo que o espectáculo foi engordando à medida que as estrelas chegavam, enriquecendo. Da bonita voz de Marisa ao improviso do Rui Veloso, é simplesmente impossível ficar quieto a ouvir aquela música. Estímulo automático que entra no ouvido, repercute-se pelo corpo todo e sai na forma de dança, mais ou menos desajeitada, mas se manifesta.

E foi assim... Dançar, dançar, dançar...
Até que os pés me doam!

quinta-feira, dezembro 15, 2005

MULTUMESC

Realmente sair de casa torna-se cada vez mais uma aventura ao desconhecido. Bom, não é que o que vos vou contar não me seja completamente familiar, aliás, começa a acontecer com uma frequência brutal, de tal forma que penso que tenho mesmo de tomar uma decisão.

Pois bem, saí eu de casa, com o carrinho da minha mãe, porque o meu (depois de levar velas novas) não pegava outra vez e vinha toda contente a caminho de Lisboa. Eis que se me pára o carro nos semáforos (estranhamente onde já havia ficado noutra altura da minha vida) e começa a deitar fumo.

A sorte foi que haviam vendedores da CAIS espalhados pela estrada que me ajudaram a encostar o carro num sítio onde não causasse distúrbio, que o ruído sonoro já era mais que muito...

Ora, sem cheta no telemóvel, lá me consegui desenrascar com os tokings e com a sorte da minha amiga os ver. Chamou-se o reboque e enquanto aguardava pacientemente pela sua chegada, i.e, quase duas horas, houve um certo intercâmbio cultural.

Agradeci, surpreendida positivamente pela surpresa, "multumesc" - obrigada em romeno.

Ele há coisas do caraças... Então não é que voltei de propósito a casa para ir buscar o livro que tinha começado a ler, não fosse ter que ficar algum tempo à espera... Eu detesto esperar sem ter que fazer nada...

Enquanto terminava o livro houve uma passagem que me ficou:

"(...) - Como é que se sabe o que se deve fazer? (...) Sei que estou a proceder bem, mas... falta alguma coisa. Passo o tempo com ela e conversamos e lemos, mas...
Fiz uma pausa e a minha mãe completou-me o pensamento.
- Achas que deverias estar a fazer mais?
Acenei afirmativamente.
- Não sei se existe mais alguma coisa que possas fazer, querido - disse ela delicadamente.
- Então porque me sinto desta maneira?
Aproximou-se um pouco mais de mim no sofá e olhámos para as chamas juntos.
- Penso que é porque estás com medo e sentes-te impotente e, embora estejas a tentar, as coisas continuam a tornar-se cada vez mais difíceis para os dois. E quanto mais tentas, mais inúteis parecem as coisas.
- Há algum modo de fazer com que me deixe de sentir assim?
Abraçou-me e puxou-me para mais perto dela. - Não - respondeu baixinho - não há."

In, Um Momento Inesquecível, Nicholas Sparks

E assim termina a minha aventura de hoje.
Conclusão: &%&$$&$=#"%% Tenho MESMO de comprar um carro novo!

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Uma flor para muitas flores...


É verdade, tenho andado muito sentimentalista nestes últimos tempos... Circunstâncias da vida...

Queria dizer que num espaço de sensivelmente um mês a minha vida deu uma volta de 360º. E, sabem que mais, não foi mau... Muito pelo contrário.

Descobri que tenho realmente pessoas que gostam muito de mim, verdadeiros amigos na acepção da palavra.

É por isso que não posso deixar de deixar aqui o meu "MUITO OBRIGADA", por me fazerem gostar de mim e por gostarem de mim.

Obrigada aos meus pais, aos meus avós, Sofia, André, Nuno, Inês Ramos, Inês Sá, Pedro, Sara, Patinha, primo, Ana, Joana, Vanda, Paulo, Gabriel e Rui.

Obrigada do fundo do coração. Obrigada por fazerem parte da minha vida.

E sabem que mais? Tenho a sensação que o último fim de semana mudou mais alguma coisa na minha vida, nomeadamente a forma de ver o mundo. Vê-lo com outros olhos parece-me uma experiência extremamente agradável, para a qual me encontro disponível.

Como dizia o Nuno, há uma estranha ligação que me faz ter saudades vossas. Isso é amizade. E é tão bom sentir isso...

terça-feira, dezembro 13, 2005

Criatividade



Usa e cresce.
Cresce e aprende.
Acorda.
Pinta.
Pinta o quadro da tua vida,
com originalidade,
criatividade e
liberdade...

Eu sou...

"Eu sou somente a sombra do queijo pendurado que repousa na tua fatia de pão."

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Saudade...


O som vibrante e grave do saxofone entoa as notas de um refrão muito conhecido e causa nostalgia à medida que progride.

Saudade de um mundo que nunca conheci,
Saudade de terras que nunca vi,
Saudade de sentimentos que nunca senti,
Saudades de ti, minha ilusão,
minha doce ilusão,
que deixei que ocupasses o meu espírito tempo demais.

Saudade do que nunca conheci,
Saudade do que sou,
e sei que sou.

Saudade de viajar no plano mental
e sorrir...
Sorrir com os olhos,
sorrir com o corpo.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Reset


É bom perceber que há dentro de nós um espírito de sobrevivência que nos faz lutar pela vida e acreditar que, apesar dos maus bocados e do sofrimento que passamos, ainda existe a capacidade para admirar um dia bonito, de sentir os raios quentes do sol de inverno.

É bom pensar que a vida está recheada de pormenores tão pequenos e tão importantes que nos alimentam a alma.

Estou a despertar de um sono profundo. Estou a mudar.
Confiante de um futuro melhor.
Estou a levantar-me gradualmente, mas desta vez mais forte.

Porquê?

"Porque eu amo infinitamente o finito, porque eu desejo impossivelmente o possível, porque eu quero tudo ou um pouco mais ..." Álvaro de Campos

Sei o que quero e para onde vou.

E sim, sinto a imponência da árvore de Natal gigantesca, sinto a beleza da cidade iluminada.

Sinto...