quarta-feira, agosto 31, 2005

Edições Asa e Modelo/Continente promovem concurso literário

"O Meu 1º Best Seller" é o nome atribuído ao concurso promovido pelo Modelo/Continente, destinado a premiar a melhor obra apresentada de entre autores nacionais, cujo requisito único é não terem publicado qualquer romance.

Achei por conveniente dar conta da ocorrência a todos aqueles que se encontram familiarizados com o universo dos blogs. Assim o faço porque parto do pressuposto de que a escrita é um prazer. Assim, passo a seguinte informação:

"A cadeia de supermercados Modelo/Continente apresentou esta semana em Lisboa, o prémio "O Meu 1º Best Seller", destinado a primeiras obras de autores nacionais que nunca tenham publicado qualquer romance.

Os originais devem ser enviados até 31 de Dezembro, não havendo limite da idade, "o essencial é serem primeiras obras na área da ficção, mesmo que tenham publicado poesia ou ensaio, podem concorrer", explicou José Fortunato, director de marketing daquela cadeia de hiper e supermercados. O vencedor verá a sua obra publicada pelas Edições Asa e receberá dez por cento das vendas.

A obra será escolhida por um júri constituído por Manuel Valente, editor da Asa, pela poetisa e escritora Rosa Lobato Faria, pela jornalista Helena Vasconcelos, do "site" na Internet www.stormmagazine.pt, e ainda dos jornalistas do Público Isabel Coutinho e Eduardo Dâmaso.

"Esta é uma aposta clara naquilo que mais nos caracteriza: a língua portuguesa", segundo José Fortunado.

Manuel Valente, falando em nome do júri, salientou a importância deste prémio que será entregue "pela cadeia de lojas que mais livros vende no país".

No total são 80 pontos de venda distribuídos por todo o país, de Norte a Sul, incluindo Açores e Madeira.

O novo livro será apresentado no decorrer das Feiras do Livro de Lisboa e Porto, do próximo ano, altura em que será conhecido o vencedor."

terça-feira, agosto 30, 2005

Can you feel it?

Há quem diga que a música tem cheiro, cor e sabor.
A mim, não me surpreende.
Depois de pensar nisso, consigo chegar à conclusão que Mano Chao, Bob Marley e Bob Dylan me fazem lembrar o Verão, assim como todas aquelas musiquinhas irritantes que têm a duração de uma estação. Nick Cave e Cranberries momentos de introspecção. The Smiths, momentos enérgicos. Sting, o pôr do sol e o regresso a casa. E é tão bom fugir da realidade e arrepiar, só de ouvir, só de sentir o cheiro, a cor e o sabor da música...

Can you feel it?

segunda-feira, agosto 29, 2005

What´s my name?


a) Eria
b) Ania
c) Enia
d) Ema
e) Ana
f) Lénia
g) Erg...

The correct option is c). My name is Enia. E-N-I-A!

sexta-feira, agosto 26, 2005

Want some?



Go and get it!

Contudo


"Contudo, contudo,
Também houve gládios e flâmulas de cores
Na Primavera do que sonhei de mim.
Também a esperança
Orvalhou os campos da minha visão involuntária,
Também tive quem também me sorrisse.
Hoje estou como se esse tivesse sido outro.
Quem fui não me lembra senão como uma história apensa.
Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo.
Caí pela escada abaixo subitamente,
E até o som de cair era a gargalhada da queda.
Cada degrau era a testemunha importuna e dura
Do ridículo que fiz de mim.

Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse,
Mas pobre também do que, sendo rico e nobre,
Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo.
Sou imparcial como a neve.
Nunca preferi o pobre ao rico,
Como, em mim, nunca preferi nada a nada.

Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me agüente comigo e com os comigos de mim."

Álvaro de Campos

quarta-feira, agosto 24, 2005

Inteligência Emocional

"Inteligência emocional é a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros."

Conceito teórico na abordagem de Mayer e Salovey

terça-feira, agosto 23, 2005

Dia Internacional da Memória do Comércio de Escravos e sua Abolição


Para que seja recordada a monstruosidade da subjugação humana.

sexta-feira, agosto 19, 2005

Algumas reflexões enquanto o país arde

Albergaria-dos-Doze, Pombal


Bombeiros combatendo incêndio em Águeda


Viatura perdida durante o combate ao incêndio de Oliveirinha em Aveiro


Aproveito o comentário feito a um post de uma amiga para fazer umas reflexões básicas enquanto o país arde.

O post tem como título um livro do Lobo Antunes "Que farei quando tudo arde". Nele (no post) pergunta a autora se não se repara no "esforço hediondo que os bombeiros fazem, por vezes sem dinheiro em troca", terminando opinando no sentido destes homens merecerem qualquer coisa, "nem que fosse uma distinção do PR...".

Outro dos aspectos focados neste texto tem que ver com o facto do Governo nada fazer relativamente à situação que se tem vivido, ao contrário da população portuguesa, que sente tremendamente solidária com as pessoas que vêem as suas casas serem engolidas pelo fogo, ficando sem qualquer tipo de bens materiais, apenas a roupa que trazem consigo.

A mim, impressiona-me.

Mas impressiona-me sobremaneira os héctares de floresta portuguesa que vão sendo consumidos num abrir e fechar de olhos, a cada ano que passa, sem que providências se tomem para o evitar.

O ano passado foi caótico, diria um choque, mas que foi rapidamente ultrapassado, porque, ainda assim como assim, este ano, a área ardida aumentou em cerca de 30 000 hectáres em relação ao ano anterior.

Ora, mas não há que nos preocuparmos com isso...Então, não tarda nada o calor vai-se embora e para o ano, quando chegar a altura, o Governo logo se preocupa com isso... ou não!

Este ano, porém, para mostrar trabalho, fala-se em alterar a Lei de Calamidade Pública. E pergunto eu: Mas esta lei está em vigor há anos, só este ano se justifica alterar os seus pressupostos? Ora é exactamente este o argumento que o Exmº Senhor Ministro António Costa utiliza, mas e as situações ocorridas o ano passado? É certo que o ano passado o Governo era outro... "Heranças" outro dos argumentos facilmente posto para fora da boca do Governo.

Esta e outro conjunto de medidas deveriam ter merecido atenção imperiosa, porque "gato escaldado de água fria tem medo". Parece que o escaldão ainda não foi suficiente, talvez sejam precisos mais héctares consumidos para, por fim, quando os héctares saudáveis que restem sejam tão reduzidos, termos um manancial de meios para fazer face a este inimigo que todos os anos volta cada vez mais mortífero.

Atento ainda para o facto de uma notícia sobre os Bombeiros profissionais não serem chamados a combater o fogo, apenas os voluntários, porque diz-se, não estão habituados a lidar com este "tipo" de fogos.

Vai-se lá perceber... Não pode.
As estruturas estão gastas, o Governo alega vasto défice orçamental, os bens de primeira necessidade estão cada vez mais caros, os ordenados não aumentam para fazer face à inflacção, os combustíveis sobem invariavelmente quase todos as semanas.

Pergunto, meus amigos, aonde vamos parar.

Mas de análises críticas está o país farto. Precisamos de soluções, de cabeças frescas, com vontade de lutar por um objectivo, deixando refrear todas as regalias e mordomias a que um membro da poder político tem direito.

Quando isso acontecer, sim, teremos algum rumo.

Por enquanto parece que vamos ter de nos afundar só mais um bocadinho.

Ah, e é verdade, as distinções são para quem as merece... tal como os U2.

Haja nacionalismo!

"Ensaio sobre a Cegueira" em cena no Teatro da Trindade


"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."

Esta é a primeira frase que apreendemos quando abrimos o livro para começar a deambular neste mundo de loucura fictícia imaginada por José Saramago. Faz-nos humildar e pensar que a natureza humana é de facto deprimente, caso não existam opostos- refiro-me à antítese perfeição/imperfeição, sendo aquela a plena capacidade sensorial do ser humano e, com ela, o poder de organização imprescindível no mais vulgar ajuntamento de seres.

O estado de cegueira total é caótico. As estruturas sociais, económicas e políticas mais firmes desmoronam com um simples fechar de olhos que não se abrem mais para ver.

À medida que se avança na leitura, percebe-se que esta surpresa corrói a pouco e pouco a visão de um mundo bonito, organizado, em que bens de 1ª necessidade seriam sempre adquiridos, ainda que a pior conjunctura económica atravessasse o país.

É a luta pela sobrevivência, o instinto sexual e o regresso à natureza animal.

Subitamente, o mundo acorda da dormência. Contudo, deixa no ar um rasto de miséria a que não conseguimos ficar indiferentes, de tão pura aproximação à realidade.

Muito bom.

Para quem quiser ver, o "Ensaio sobre a Cegueira" está em cena no Teatro da Trindade até 18 de Setembro. Para mais informações: http://teatrotrindade.inatel.pt

quarta-feira, agosto 17, 2005

Festival Músicas do Mundo - Sines


Sines vive festival histórico

A 7. ª edição do Festival Músicas do Mundo acabou. Dos argentinos 34 Puñaladas, dia 28 de Julho, em Porto Covo, aos congoleses Konono n.º 1, dia 30 de Julho, na Avenida da Praia, foram 15 concertos sempre cheios e de qualidade indiscutível. Com cerca de 18 mil pessoas no Castelo e um número incalculável na praia e no centro histórico de Sines este foi mais uma vez um triunfo de uma programação que se orgulha de não fazer concessões e de um público comovente que sabe confiar. Quem cantou com Hermeto, quem dançou com Mahala, quem se riu com Astrid, quem viajou com KTU, não vai esquecer aqueles que são com certeza alguns dos melhores momentos da sua vida. Até 2006.

A não perder no ano que vem!

terça-feira, agosto 16, 2005

FAQ


Tell me, what would you do or think, if a strange girl went living to the same house with your boyfriend and friend to replace another one who´s left?

Because i can´t find any answer in my mind in this very moment.

segunda-feira, agosto 15, 2005

Voltei, voltei...


Pois é, para a próxima já não cometo o mesmo erro - o de gozar apenas duas semanas de férias. Precisava de mais e, ainda assim, amanhã começa uma nova etapa. Nem tudo é negativo... pelo menos este ano tenho onde regressar sem sentir que não existe um lugar para mim.
Das férias guardo os dias de sol, de praia, de chuva, o concerto fantástico de Ben Harper e o contacto com novos sons que se deram a mostrar nos Festival das Músicas do Mundo, em Sines.
Restam-me destes dias de descanso, a pele escura, outrora salgada e os kilogramas ganhos em função do "Dolce fare niente"...
A vontade de recomeçar, essa ainda está para ser ganha...

Amanhã, talvez...Hoje ainda é muito perto.

Mas tenho um novo quarto pintado de azul!

terça-feira, agosto 09, 2005

Ah, férias!


Encontrei hoje um computador, ao fim destes não sei quantos dias de férias (aliás, nem sei, nem me apetece pensar para dizer exactamente quantos são). Está um tempo de m.... pra não dizer outra coisa... Só me apetece chorar! Mas porque raio esteve o ano inteiro sem chover e, nas minhas férias, aparece a bela da águinha a marcar presença. É uma visão redutora, eu sei. A água é precisa, ainda assim, podia vir só quando tivesse a trabalhar...

Enfim... desabafos!
I´ll be back!