segunda-feira, outubro 30, 2006

Peter Gabriel-Games Without Frontiers

war without tears!

domingo, outubro 29, 2006

O tempo da manipulação




Sendo um grande aliado nas aprendizagens mais marcantes da nossa vida, porque reveladoras e estruturantes, o tempo tem um papel fundamental em tudo o que somos. Ajuda-nos a identificar o que se passa dentro e fora de nós. Se o deixarmos correr e colaborarmos com ele, trabalha sempre a nosso favor, tem uma influência positiva e libertadora. O tempo é sábio, dizem os antigos. Ninguém como ele revela, ilumina, faz balanços e redimensiona situações passadas.

Olhando para trás percebemos o que se escondia por detrás deste ou daquele comportamento das pessoas que estiveram ou ainda estão muito próximas. Entendemos porque amámos este e nos distanciámos do outro, porque escolhemos fazer isto e não aquilo, porque estivemos afectivamente mais perto de uns e porque nos sentíamos mal e desconfortáveis junto de outros. Neste momento, quando uma parte significativa da nossa vida já passou, não é raro descobrir a raiz de muitas inseguranças, medos e sentimentos de inferioridade que assombraram fases da nossa vida.

Mal-estar obscuro. Já aconteceu a todos nós, muito tempo depois de todas as idades ingratas passadas, com todas as inseguranças que nos custaram, tomar consciência do mal-estar, inferioridade e impotência generalizada sentidos face a uma ou várias pessoas que connosco se cruzaram, e de quem estivemos próximos em determinadas circunstâncias da nossa vida. Esse desconforto difuso, mais ou menos pontual, conforme o caso de cada um atravessa a nossa memória de tempos a tempos sem que consigamos avaliar exactamente os estragos feitos ou entender verdadeiramente o que se passou.

Mas a verdade é que, mesmo passados alguns anos, nos vem à memória, como se fosse hoje o constrangimento causado pelos comentários maldosos de uma professora sobre uma determinada fragilidade que queríamos esconder, ou a implicação injusta, por um amigo, numa asneira na qual não tivemos responsabilidade. Sem saber como, sentimo-nos envolvidos numa situação que não controlamos, à mercê de alguém que, sem sabermos como, conhece aquilo que consideramos os nossos pontos fracos, medos imperfeições e fraquezas, e que as usa a seu belo prazer, como uma batuta de uma orquestra que toca uma música escolhida só por ele.

Mais tarde, na vida adulta, sempre que nos encontramos em situações de confronto com um poder qualquer, que de alguma forma ameace a nossa integridade, essa velha sensação de humilhação e abuso volta em força, trazendo à tona as vulnerabilidades escondidas.

Voltamos a sentir vergonha, humilhação, rejeição e abandono, especialmente quando se trata de relações afectivas que, a acreditar nos mais variados testemunhos, são as mais dolorosas e mais difíceis de lidar e controlar. Isto porque interferem com o nosso lado mais íntimo e tudo o que com ele se prende em matéria de expectativas, desejos e necessidades mais profundas.

Vampiros são frequentemente as histórias amorosas que "correm mal" e que deixam marcas profundas e sentimentos amargos de rejeição, inferioridade e culpa nos que são finalmente deixados, depois de um período mais ou menos longo, conforme o caso, de desvalorização e desgaste. Mais tarde, estas pessoas confessam sentir-se sem energia, defraudadas, abandonadas sem uma explicação credível, abusadas na confiança e no afecto dado mas nunca recebido.

Depois da ruptura, saiem da relação com a auto-estima e o sentido do valor próprio arrasados, com todas as suas fragilidades exacerbadas, no grau zero da confiança em si e nos outros. E se uns se recompõem e aproveitam a oportunidade para detectar os pontos em que a sua estrutura pessoal quebrou, e passam a usar a intuição para não voltar a cair nas mesmas armadilhas, outros dificilmente sobrevivem a estas manobras e muito simplesmente sucumbem.

Em qualquer dos casos, é importante poder, em algum momento da nossa vida, avaliar o impacto que este tipo de relações, amorosas, de trabalho, amizade ou sociais, tiveram e têm sobre nós. Muitos recorrem às terapias, outros procuram conselhos e apoios de vária ordem para finalmente entenderem que não são responsáveis pelo sucedido, embora isso lhes tenha deixado um rasto de culpa, vergonha e frustração.

Interessa-nos saber quem amamos, como o fazemos de determinada maneira e não de outra. Importa-nos também saber avaliar quem está diante de nós e saber identificar e distinguir manobras que nos fragilizam sem darmos conta.

In, XIS, nº 381, 21/10/2006

terça-feira, outubro 24, 2006

Noir Desir

Le vent nous portera


Morte de actriz choca França

"A actriz francesa, Marie Trintignant, morreu em Paris em 1 de Agosto de 2003, vítima de um edema cerebral. A actriz estava em coma há vários dias, depois de ter sido brutalmente agredida pelo namorado, pacifista e defensor dos direitos humanos.


Marie Trintignant, de 41 anos, entrou em coma, depois de uma discussão com o seu companheiro, Bertrand Cantat, de 39 anos, pacifista, defensor dos direitos humanos e cantor de um grupo de rock francês, os «Noir Désir».

O casal, junto há um ano, encontrava-se em Vilnius, na Lituânia, para a rodagem de um filme onde Marie Trintignant fazia o papel da escritora francesa Colette, realizado pela sua mãe, Nadine Trintignant .

Na sequência da discussão, no apartamento que partilhavam naquela cidade, Bertrand terá espancado a actriz francesa. Bertrand alega que empurrou Marie durante uma discussão, tendo batido com a cabeça numa mesa e acabando por perder a consciência.

«Foi um acidente depois de uma luta, uma loucura. Mas não é um crime», disse o cantor.

A actriz começou a sua carreira em 1967. Portugal já a viu em filmes como «Sombras Chinesas», de Martine Dugowson e «Ponette», de Jacques Doillon."

In TSF Online

domingo, outubro 22, 2006

The Smiths - The Boy With The Thorn In His Side

Os melhores!

...and i feel sadness in their eyes.

  Posted by Picasa

A escassos dias de somar mais um ano à minha existência, inevitavelmente acabo por fazer um balanço deste último ano da minha vida.

Há um ano atrás estava longe de ter tomado todas as decisões que tomei até hoje. Longe de imaginar que a oportunidade que sempre quis ter se iria realizar. Há um ano atrás a minha vida tomou um rumo completamente diferente do que supunha que viesse a ser.

Coisas boas e coisas más têm acontecido, sendo que hoje olho para as más com a perspectiva de mais uma experiência de vida, algo a registar que precisava de aprender. "Há males que vêm por bem", é assim que tento encarar cada dia que passa. Procurei aprender com os erros. Sei que tenho muito ainda para aprender.

Senti a certa altura que o meu chão abanava constantemente. Tranformei-me numa pessoa que não conhecia, mas que aos poucos e poucos se foi conhecendo novamente. Hoje sei quem sou, mas conciente de que o ser humano está em constante evolução.

Aprendi que não há nada definitivo na nossa vida, há sim que ter capacidade (muita) de adaptação a todas as mudanças que surgem inevitavelmente.

Rumo a uma nova etapa da minha vida. Uma coisa que sempre me imaginei a fazer quando era pequenina. O período não é de alegria especial, mas é um passo que será de não retorno. I´ll be the queen of my throne. Sinto-me orgulhosa pela coragem. Sei que não será fácil, mas espero a longo termo que as vantagens superem as desvantagens.

É a lei natural da vida. Contudo, queda-me e entristece-me sentir a tristeza nos seus olhos. A tristeza das únicas pessoas que tenho a certeza de que me querem bem e que estarão sempre lá para me apoiar nos bons e nos maus momentos.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Fitter, Happier

Fitter, happier, more productive,
comfortable,
not drinking too much,
regular exercise at the gym
(3 days a week),
getting on better with your associate employee contemporaries ,
at ease,
eating well
(no more microwave dinners and saturated fats),
a patient better driver,
a safer car
(baby smiling in back seat),
sleeping well
(no bad dreams),
no paranoia,
careful to all animals
(never washing spiders down the plughole),
keep in contact with old friends
(enjoy a drink now and then),
will frequently check credit at
(moral) bank (hole in the wall),
favors for favors,
fond but not in love,
charity standing orders,
on Sundays ring road supermarket
(no killing moths or putting boiling water on the ants),
car wash
(also on Sundays),
no longer afraid of the dark or midday shadows
nothing so ridiculously teenage and desperate,
nothing so childish - at a better pace,
slower and more calculated,
no chance of escape,
now self-employed,
concerned (but powerless),
an empowered and informed member of society
(pragmatism not idealism),
will not cry in public,
less chance of illness,
tires that grip in the wet
(shot of baby strapped in back seat),
a good memory,
still cries at a good film,
still kisses with saliva,
no longer empty and frantic
like a cat
tied to a stick,
that's driven into
frozen winter shit
(the ability to laught at weakness),
calm,
fitter,
healthier and more productive
a pig
in a cage
on antibiotics.


Radiohead

domingo, outubro 15, 2006

Make the most of now

quarta-feira, outubro 11, 2006

Yes, baby, there ain´t no tits on the radio!

Scissor Sisters - Tits On The Radio


But maybe under some nice, sexy and naughty clothes...while you´re lightning someone else´s cigarret!

segunda-feira, outubro 09, 2006

garfield

:P

sexta-feira, outubro 06, 2006



Nina Simone - Feeling Good

This is how i feel... Freedom! ...and i´m feeling good!
25 dias

domingo, outubro 01, 2006

It is all about trust... Oh, shit! My hands are burning!

Ora, volvidos alguns dias, aqui estou eu a dissertar sobre a confiança. Não me pretendo alargar porque muito poderia ser dito sobre este sentimento, ou se se quiser, forma de estar. Bem sei que se poderá falar de confiança em vários contextos ou sentidos, eu falarei sobre a confiança nas outras pessoas.

A confiança é aquilo que se sente quando nos permitimos ficar frágeis e vulneráveis perante determinada pessoa. É aquilo que nos leva a poder contar os nossos segredos mais íntimos, é mostrar-nos sem medo de que nos julguem. É acreditar que aquela pessoa não nos magoaria, ou se o fizesse, com alguma razão provocada em cadeia. É acreditar na palavra das pessoas. É ser-se honesto, sincero e verdadeiro.

Não é um "atira-te ao poço, que não te afogarás!". É acreditar que sejam quais forem as palavras, as divergências e as opiniões, aquela pessoa desejará sempre o melhor à outra.

É por isso que, infelizmente, são poucas aquelas a quem devemos atribuir este voto. Mas existem. Chocadas ficam as pessoas com a incapacidade de perceber à data que não deveriam tê-lo feito. É de certa forma positivo: trai-se a confiança, mas percebe-se que uma amizade erigida em tais pilares nunca seria uma amizade verdadeira. Mais tarde ou mais cedo, seria dia.

E quem faz a primeira... não tem palavra. Não é digna de confiança.
Será complicado perceber que há certas coisas que não se devem fazer levianamente só porque sim?

Importante para aprender e crescer mais um bocadinho ao longo da passagem pela vida. Como diria alguém, "o que não mata, torna-nos mais fortes". Não matará nunca.

Pensar nisso é puro gasto de energia, mas não se esquece que houve alguém um dia, que julgámos amigo, na verdadeira acepção da palavra, nos traiu a confiança.

Quebra de página.