terça-feira, julho 19, 2005

Peixinhos da Horta à Peixinho da Horta

Mentira!!!! É mesmo à bela maneira tradicional...
Aqui fica a sugestão:


Ingredientes:
Para 4 pessoas

500 g de feijão verde ;
Para o polme:
100 g farinha ;
1 ovo ;
1 colher de sopa de cebola picada ;
sal ;
pimenta

Confecção:

Retiram-se as pontas e os fios ao feijão verde e coze-se em água temperada com sal.
Deita-se a farinha num recipiente e dissolve-se com água suficiente para obter um polme nem muito líquido nem muito espesso.
Adiciona-se o ovo e a cebola muito bem picada e tempera-se com sal e pimenta.
Passam-se as vagens de feijão, duas a duas, pelo polme e fritam-se em óleo bem quente, até estarem douradas. Escorrem-se sobre papel absorvente.

É minha convicção que o post se tornava mais apelativo se tivesse uma foto ilustrativa, por isso, apresento, desde já, as minhas desculpas, mas não consegui encontrar tal coisa. Fica aqui a promessa de a colocar quando a D. Isabel fizer os seus peixinhos da horta com ovos verdes a acompanhá-los.

Outra coisa que me parece vulgar nestas "coisas de culinária" é a referência sempre vaga a medidas. Alguém me consegue dizer o que é um "polme nem muito líquido, nem muito espesso"? Parece que o saber é para quem o ter, contentamo-nos com a medida " a olho" e já é uma sorte! É que estas coisas do meio-termo nem sempre dão bom resultado!

O que vale é que estamos em sede de culinária, porque dizê-lo numa P.I. seria o mesmo que ser confrontada com o convite ao aperfeiçoamento.

E tenho dito!

segunda-feira, julho 18, 2005

Maybe tomorrow

"I've been down and I'm wondering why
These little black clouds keep walking around with me, with me
Waste time and I'd rather be high
Think I'll walk me outside and buy a rainbow smile but be free, be all free
So maybe tomorrow I'll find my way home
So maybe tomorrow I'll find my way home

I look around at a beautifiul life
I been the upper side of down
been the inside of out but we breathe, we breathe

I wanna a breeze in an open mind
I wanna swim in the ocean
wanna take my time for me, all free

So maybe tomorrow I'll find my way home
So maybe tomorrow I'll find my way home

So maybe tomorrow I'll find my way home
So maybe tomorrow I'll find my way home"

Stereophonics, "Maybe tomorrow"

sexta-feira, julho 15, 2005

Privatizações

"Regressados de uma viagem à Argentina e Bolívia,
os meus cunhados Maria e Javier trazem-me o jornal
Clarin de 30 de Agosto.

Aí vem a notícia de que vai ser apresentada
ao Parlamento peruano uma nova lei de turismo
que contempla a possibilidade de entregar
a exploração de zonas arqueológicas importantes,
como Machu Picchu e a cidadela pré-incaica
de Chan-Chan, a empresas privadas,
mediante concurso internacional.

Clarin chama a isto
"la loca carrera privatista de Fujimori".

O autor da proposta de lei
é um tal Ricardo Marcenaro, presidente
da Comissão de Turismo e Telecomunicações
e Infra-Estrutura do Congresso peruano,
que alega o seguinte, sem precisar da tradução:
"En vista de que el Estado no ha administrado bien
nuestras zonas arqueológicas
-qué pasaría si las otorgaramos a empresas
en otros países con gran efectividad?"

A mim parece-me bem.

Privatize-se Machu Picchu, privatize-se Chan Chan,
privatize-se a Capela Sistina,
privatize-se o Pártenon,
privatize-se o Nuno Gonçalves,
privatize-se a Catedral de Chartres,
privatize-se o Descimento da Cruz,
de Antonio da Crestalcore,
privatize-se o Pórtico da Glória
de Santiago de Compostela,
privatize-se a Cordilheira dos Andes,
privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu,
privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei,
privatize-se a nuvem que passa,
privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno
e de olhos abertos.

E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar,
privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez
a exploração deles a empresas privadas,
mediante concurso internacional.
Aí se encontra a salvação do mundo...

E, já agora, privatize-se também
a puta que os pariu a todos."

(in, "Cadernos de Lanzarote", Diário III,
José Saramago, págs. 147/8)

quinta-feira, julho 14, 2005

Petição contra fim do Ballet Gulbenkian na internet




Meus amigos,

pensando que, tal como eu, já devem ter recebido um e-mail sobre um abaixo-assinado electrónico contra a extinção do Ballet da Gulbenkian, achei por conveniente transcrever a notícia expressa hoje no jornal "Metro". Assim, abaixo se informa do seguinte:

« Em reacção ao anúncio da extinção do Ballet Gulbenkian, foi criado um abaixo-assinado na internet. Na tarde de ontem [13 de Julho], o documento ultrapassava já as 11 mil assinaturas em protesto contra a decisão.
(...)

O presidente do Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian, Rui Avilar, afirmou entretanto que a posição anunciada na terça-feira passada não será alterada. "Foi uma decisão tomada por unanimidade pelo Conselho de Administração. É irreversível", afirmou. As declarações foam feitas após uma reunião com o Presidente da República, no âmbito da ronda de audiências que Jorge Sampaio está a realizar com várias personalidades portuguesas sobre o Estado da Europa.»

segunda-feira, julho 11, 2005

Vou ali, já venho!!!


Ai que vontade de desaparecer... Não devo ser a única, mas a verdade é que estas escassas duas semanas começam a tornar-se pesarosas, qual vontade de fazer xixi que até passa se não nos aproximarmos muito de uma WC (se é que entendem a que me refiro).

Apetece-me sol, água salgada, areia a monte, amizade, comida, cervejinha fresca ao final da tarde e um vinho tinto nos jantares de mais requinte!!!

Mas que confronto este de ter necessidade de preencher o tempo todo, andar a mil rotações, sempre a achar, no princípio da semana, que esta podia ser tão melhor sem o excesso de coisas por fazer...

E ao mesmo tempo nos momentos mais vazios sentir a falta destas coisas todas que preenchem o meu dia-a-dia.

Estou mesmo a precisar de férias.

Quero os meus "salty days"!!!!

sexta-feira, julho 08, 2005

FÉRIAS

"Muitos pensam que o descanso

É buscar outros países,
Pensando assim demonstrar
Importância e bom saber.

Pensar no que os outros pensam
É meta de muita gente.
Bem julgam viver, na vida,
A vida que os outros julgam
De longe, a melhor das vidas.

Viver a vida que é própria
Sem busca de glória vã

Ou do poder inconstante

E o que ser certo parece
Fazer no tempo que é certo,

Isso sim é que distingue
Quem nasceu a ser alguém
Daquele pobre ninguém
Por mais alguém que pareça."

Ives G. da Silva Martins