quinta-feira, março 16, 2006

Neste país plantado à beira-mar...

Portugal, Séc. XXI, num hospital perto de nós, o serviço de lavandaria funciona com uma agradável temperatura de 52ºC. Preocupado com a elevada taxa de absentismo dos trabalhadores que nela trabalham, a Administração resolveu apurar quais as causas da mesma.

Da respectiva auditoria resultou o seguinte:

"O senhor tem conhecimento que a temperatura ambiente do local de trabalho é de 52ºC?"
- "Tenho. Por isso é que autorizámos os trabalhadores a interromperem o serviço para tomar banho!"
- "Ah... e mesmo assim não resolveu o problema, portanto?"
- "Até à data não!"
-"Pois, então e já pensou em meter aparelhos de ar condicionado para baixar a temperatura?"
-"Isso é muito caro!"
-" Então e mudar as instalações?"
-" Isso é ainda mais caro!"
-"Pois, meu amigo, das duas uma, ou gasta dinheiro em ar condicionado ou muda de instalações. Agora decida."

Passados 15 dias...

-"Olhe, já fiz a adjudicação para os aparelhos de ar condicionado!"

Meus amigos, isto parece irreal tendo em conta que vivemos no Séc. XXI em que a luta pela dignidade das condições de trabalho já está alegadamente num patamar acima desta que foi supra descrita.
Parecendo surreal, esta é a realidade em que vive o nosso país à beira-mar plantado.
Tirem as vossas próprias ilações, sendo que o caso é verídico.

Contudo, tendo em conta o post anterior, parece-me que não terão dificuldades em acreditar na sua veracidade...

3 Comments:

Blogger MPR said...

Mas se há quem pague para ir a saunas com temperaturas superiores a 100 º... qual é o problema? Ali era à borla! :)

4:21 PM  
Blogger Senador said...

52º é um valor muito elevado mesmo para uma lavandaria cujo equipamento produz bastante calor. Além das instalações que não devem ser adequadas (provavelmente um pé direito muito baixo), poderá haver um problema com o funcionamento/utilização da maquinaria nomeadamente o sistema de exaustão de ar quente que poderá estar a não ser feito da maneira correcta. O ar condicionado pode resolver parte do problema mas vai ter altos custos energéticos que talvez pudessem ser evitados ou diminuídos.
O que interessa é que se resolva o problema dos trabalhadores e dar-lhes condições para poderem produzir.

PS.: Desculpa esta lenga-lenga mas é um tema que conheço e me causou estranheza.

9:09 AM  
Anonymous Anônimo said...

Eces não são aqueles que o Socras chama de priveligiados?
Tou todo baralhado. Não presebo onde está o previlegio.
De facto, é uma çauna. Mas para uma çauna a malta vai porque quer.Quando se farta, vaiese embora! Não é? Bom, opois deve aver práí uma lei nova que obriga a malta a ficar cete oras por dia e 35 por cemana na çauna. Ta maall!
Não tou de acordo com o que dice o primeiro senhor que escerveu neste blogo.

4:50 PM  

Postar um comentário

<< Home