FELIZ DIA DA CRIANÇA!!!
Pois é, já passou mais um dos célebres dias inventados pelo Homem e para o Homem. Falo do dia da criança...
Sempre dei uma certa importância a este tipo de dias, não sei porquê, é uma parvoíce reconheço, talvez porque se possa com legitimidade reclamar um bocado de atenção, quando esta é suposta ser dada todos os dias (já dizia o célebre dito apaziguador do efeito materialista gerado e concebido no Natal que "Natal são todos os dias!").
Bom, não sei.
Mas nem tudo é mau. Quando pensamos que muito dificilmente algo nos consegue surpreender, eis que acontece alguma coisa que nos faz pensar de maneira diferente. Entre a difícil escolha de ir ou não ir a um curso de formação, tendo em consideração as condições atmosféricas que convidavam a tudo menos estar enfiada numa sala com algumas 200 pessoas (eh lá!!! será que estou a exagerar?) sem ar condicionado, desta vez optei pela escolha certa. E porquê? Primeiro porque faz sempre falta aprender mais um bocadinho, seja em que condições for, e segundo porque "i really made my day"!
Eu explico: tudo se passou na viagem de elevador que vai do r/c ao 4º andar de um edifício. Estava calmamente à espera que a porta do elevador abrisse, bem como avó e neta, que aguardavam junto a mim. O elevador não demorou a chegar, pelo que não houve tempo de trocar qualquer palavra. O diálogo surgiu lá dentro, o qual passo a transcrever: diz a avó: "querida, para a próxima não esperas. Amigo não empata amigo, não é?, ao que a neta replica com um ar muito matreiro e carinhoso ao mesmo tempo, olhando para mim, como se buscasse uma resposta, decidiu apostar no "não!". Como lhe sorri, arriscou-se a perguntar-me "não, pois não?", sendo a minha resposta confirmativa da dela.
Pois nesse mesmo instante, logo após me ter tornado sua aliada, aqueles olhinhos escuros brilhantes que contrastavam na cara pintada de branco, não fosse este dia dedicado às crianças, muito atrevidamente disse: "é muito bonita!". Ora a minha reacção foi pensar "mas o que é que é bonito?". Só percebi a que se referia quando a avó ficou sem jeito. Confesso que me senti envergonhada, sensação esta típica de quando alguém nos faz um elogio, mas ao mesmo tempo surpresa e contente. Nunca tal me tinha acontecido e uma coisa é certa: se veio da boca de uma criança é porque é sincero. Eu acredito que sim...
O diálogo continuou porque ninguém, julgo eu, conseguiria ficar indiferente a tal comentário.
Moral da história: porque será que não preservamos a sinceridade e a honestidade à medida que vamos crescendo? Será que o facto de nos tornarmos hábeis na arte da dissimulação nos faz sentir mais felizes?
Acho que não. É muito pequena a percentagem de crianças com depressão.
Ah, é verdade:
Bom dia da criança a todos aqueles que sentem que nunca vão deixar de o ser, tal como eu!
Sempre dei uma certa importância a este tipo de dias, não sei porquê, é uma parvoíce reconheço, talvez porque se possa com legitimidade reclamar um bocado de atenção, quando esta é suposta ser dada todos os dias (já dizia o célebre dito apaziguador do efeito materialista gerado e concebido no Natal que "Natal são todos os dias!").
Bom, não sei.
Mas nem tudo é mau. Quando pensamos que muito dificilmente algo nos consegue surpreender, eis que acontece alguma coisa que nos faz pensar de maneira diferente. Entre a difícil escolha de ir ou não ir a um curso de formação, tendo em consideração as condições atmosféricas que convidavam a tudo menos estar enfiada numa sala com algumas 200 pessoas (eh lá!!! será que estou a exagerar?) sem ar condicionado, desta vez optei pela escolha certa. E porquê? Primeiro porque faz sempre falta aprender mais um bocadinho, seja em que condições for, e segundo porque "i really made my day"!
Eu explico: tudo se passou na viagem de elevador que vai do r/c ao 4º andar de um edifício. Estava calmamente à espera que a porta do elevador abrisse, bem como avó e neta, que aguardavam junto a mim. O elevador não demorou a chegar, pelo que não houve tempo de trocar qualquer palavra. O diálogo surgiu lá dentro, o qual passo a transcrever: diz a avó: "querida, para a próxima não esperas. Amigo não empata amigo, não é?, ao que a neta replica com um ar muito matreiro e carinhoso ao mesmo tempo, olhando para mim, como se buscasse uma resposta, decidiu apostar no "não!". Como lhe sorri, arriscou-se a perguntar-me "não, pois não?", sendo a minha resposta confirmativa da dela.
Pois nesse mesmo instante, logo após me ter tornado sua aliada, aqueles olhinhos escuros brilhantes que contrastavam na cara pintada de branco, não fosse este dia dedicado às crianças, muito atrevidamente disse: "é muito bonita!". Ora a minha reacção foi pensar "mas o que é que é bonito?". Só percebi a que se referia quando a avó ficou sem jeito. Confesso que me senti envergonhada, sensação esta típica de quando alguém nos faz um elogio, mas ao mesmo tempo surpresa e contente. Nunca tal me tinha acontecido e uma coisa é certa: se veio da boca de uma criança é porque é sincero. Eu acredito que sim...
O diálogo continuou porque ninguém, julgo eu, conseguiria ficar indiferente a tal comentário.
Moral da história: porque será que não preservamos a sinceridade e a honestidade à medida que vamos crescendo? Será que o facto de nos tornarmos hábeis na arte da dissimulação nos faz sentir mais felizes?
Acho que não. É muito pequena a percentagem de crianças com depressão.
Ah, é verdade:
Bom dia da criança a todos aqueles que sentem que nunca vão deixar de o ser, tal como eu!
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